segunda-feira, 16 de maio de 2011

"Queime Depois de Ler", 2006: um filme sobre o nada paranoico.



"Queime Depois de Ler" (Burn After Reading) [EUA] , 2008 Comédia Direção: Joel e Ethan Coen Roteiro: Joel e Ethan Coen Elenco: George Clooney, Frances McDormand, John Malkovich, Brad Pitt, Tilda Swinton, J.K. Simmons, Richard Jenkins, David Rasche, Olek Krupa


O filme é sobre nada. Isso mesmo. Um nada paranoico presente entre um grupo de idiotas dos mais diversos tipos. Osbourne Cox (Malkovich) não é um agente da CIA, mas um analista de nível três que acaba de pedir sua demissão por não aceitar sua remoção para um posto ainda mais burocrático. Ele tem um iminente fim de casamento com Katie (Swinton), que não é uma aristocrata. Ela, por sua vez, tem um caso extraconjugal com Harry (Clooner) - que na verdade não é um relacionamento como todo extraconjugal. Harry ainda investe em outras desesperadas solteiras que colocam seu perfil em um desses sites de encontro. Um delas é Linda (McDormand), atendente de uma academia que vive em busca de cirurgias plástica para ser o que não é: sexy e perfeita. Ela é companheira de trabalho do idiota Chad (Pitt), que encontra na academia um CD contendo dados contábeis e o primeiro capítulo de um livro de ficção baseada nas memórias de Osbourne Cox - fechando o falso ciclo - mas que Chad e Linda acham ser documentos de espionagem.


Tudo é uma sátira ao gênero Policial/Espionagem. Porém, é de uma sutileza tal que a graça das situações cômicas se perdem com facilidade. A história é enrolada, desnecessariamente. A atuação pateta dos personagens revelam ser uma forma péssima de mal aproveitar um elenco realmente estelar. Mas é um filme premiadíssimo, o que confunde quem deseja resenha-lo. Fiquei o tempo todo me perguntando: afinal, de onde tiraram que o filme é bom?


Pessoas inteligentes dizendo coisas inteligentes não fazem um filme inteligente por si só. Tampouco quando as situações estúpidas a que elas se sujeitam não provocam absolutamente nada no espectador. Nem sequer uma torcida por qualquer um dos idiotas que vivem o nada da trama parece sucitar em quem assiste. A sensação de frustração seja talvez a única coisa que provoca. A cada sequência, alguma coisa vai para o brejo.


Malkovich está muito bem enquanto vemos sua decadência em todos os aspectos, principalmente no figurino. Porém o filme se propõe a ser uma sátira e o único a de fato apresentar alguma sátira ou mesmo comicidade é Brad Pitt.


O filme não é de nada, infelizmente!


Ósculos e amplexos!

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