segunda-feira, 16 de maio de 2011

"O Noivo da Minha Melhor Amiga", 2011: novelinha simpática.

"O Noivo da Minha Melhor Amiga" (Something Borrowed ) [EUA] , 2011 - 109 min. Drama/Romance Direção: Luke Greenfield Roteiro: Jennie Snyder Elenco: Ginnifer Goodwin, Kate Hudson, Colin Egglesfield, John Krasinski, Steve Howey



Não é a ideia do filme, mas o nome brasileiro que deram a ele que o faz relembrar "O Casamento do Meu Melhor Amigo", 1997. O título original é "something borrowed" que significa, em tradução livre, algo emprestado. Por causa da proximidade que o título brasileiro deu ao filme de Julia Roberts, esperamos assistir uma comédia romântica daquelas bem tranquilas, com piadas bem elaboradas, e com personagens apaixonantes. Porém, não se deve assistir um esperando ver o outro. "O Noivo da Minha Melhor Amiga" não possui sequer o mesmo enredo, a mesma história, nem mesmo o mesmo charme de Cameron e Julia (ainda que Goodwin seja daquelas que dá vontade de abraçar e nunca mais largar) em "O Casamento do Meu Melhor Amigo".


O filme, baseado no livro de Emily Giffin, conta a história de uma vida de anulações em nome de uma amizade até que o amor atravessa o caminho. Rachel (Goodwin) tem uma amizade desde tenra infância com Darcy (Hudson) digna de heroi e seu leal ajudante das histórias em quadrinhos. Enquanto Rachel é completamente dedicada à sua amiga, Darcy é completamente dedicada a si mesma. A separação de ambas se deu na faculdade, quando Darcy deixa de estudar em uma das mais difíceis universidades dos Estados Unidos simplesmente por Rachel não ter passado também. Porém, Rachel seguiu estudando Direito em uma outra faculdade, onde conheceu o charmoso e atencioso Dex (Egglesfield) e por ele se apaixonou. Tudo iria ocorrer bem se Darcy não aparecesse e, em um momento de insegurança de Rachel, ela acaba ficando com Dex. Em nome da amizade, Rachel se anula até que, dias antes do casamento de Darcy e Dex, ela revela ter uma queda pelo moço e que foi prontamente correspondida.


O filme fala em anulações o tempo todo [eis a principal diferença para o filme de Roberts, que é um filme de ambição justificada pelo amor]. Rachel se anula para ver Darcy feliz, Dex se anula para ver sua mãe feliz, Ethan (Krasinski) que se anula por um montão de coisas, e Darcy, que não se anula em nada. Porém, o filme se vende como comédia romântica, mas é um drama. E, como um drama, é previsível demais, sem carisma demais, sem ritmo demais. Nem mesmo a cena em meio aos créditos finais revela nada demais - talvez apenas uma certa continuidade, desnecessária. O melhor ator do filme é Krasinski, por demais sub-aproveitado. E Howey está perfeito como "pegador", mas de uma canastrice quase que cafona e que o filme o atura para dar sentido ao embolado e previsível final. Há ainda uma personagem desprezada o tempo todo por Ethan que, sinceramente, não tem a menor graça a crueldade gratuita que o filme apresenta. Tudo para que as idas e vindas do enrolado romance e vida de anulações tenha um final feliz.


Apesar de haver muita química entre Rachel, Dex e Darcy - aliás, Goodwin está apaixonante - o filme é sem nenhuma ousadia. Uma novelinha simpática, sem riscos ou impactos (talvez pela música "fake plastic trees", que sempre me derruba - sempre mesmo, conseguiu até com "Bruna Surfistinha", 2011).


Ósculos e amplexos!

2 comentários:

  1. Sério mesmo ?? Penso que esse filme ñ pode ser chamado nem de "água c/ açúcar".. no máximo, com muito boa vontade " água c/ adoçante "... hê..he..he.. Ô coisa sem graça !!!!!!!

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  2. kkkkkkkkk Filme água com adoçante foi ótima!

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