segunda-feira, 23 de maio de 2011

"A Busca Pela Honra", 2005: continuação do romance SUD, melhor que o primeiro.



"A Busca Pela Honra" (The Work and the Glory II: American Zion), 2005 [EUA] Drama Direção:Sterling Van Wagenen Roteiro: Gerald N. Lund / Matt Whitaker Elenco: Sam Hennings (Benjamin Steed) Brenda Strong (Mary Ann Steed) Eric Johnson (Joshua Steed) Alexander Carroll (Nathan Steed) Brighton Hertford (Melissa Steed) Kimberly Varadi (Becca Steed) Colin Ford (Matthew Steed)Sarah Bastian (Lydia Steed, também Sera Bastian Emily Podleski (Jessica Roundy) Jim Grimshaw (Josiah McBride) Jonathan Scarfe (Joseph Smith) Melanie Hawkins (Emma Smith) Frank Ashmore (Martin Harris) Curtis Andersen (Carl Rogers)



Segundo filme da trilogia mórmon "The Work and The Glory", aborda a história da fictícia família Steed em meio à real história dos primeiros anos de A Igreja de Jesus Cristos dos Santos dos Últimos Dias. Diferentemente do primeiro filme que se preocupou em defender a religião mórmon dos preconceitos, o segundo apresenta a vida de uma família ao longo dos primeiros anos de peregrinação mórmon em busca de sua Sião. A intenção aqui é a de mostrar o drama das famílias pioneiras em sua caminhada para sua terra prometida. Ao longo da exibição, importantes aspectos da história mórmon é apresentada - como a expulsão dos Santos do condado de Jackson, Missouri; o Acampamento de Sião; e os primeiros momentos da construção do Templo de Kirtland, Ohio.

Enquanto o primeiro filme buscou um público não mórmon, o segundo é escancaradamente destinado para os membros da Igreja. Sem um Santo dos Últimos Dias ao lado, um não membro terá dificuldade de entender sobre o que foi e o que significou a expulsão dos mórmons do condado de Jackson e a queima do "Livro de Mandamentos; o que foi e o que significou o acampamento de Sião; até mesmo o que é uma bênção de saúde ou uma aposição de nome (semelhante ao Brit Mila dos judeus). E é justamente nestes aspectos que o filme tropeça, inclusive para o público Santos dos Últimos Dias. Não se tem sequer menção à bravura das moças que salvaram o "Livro de Mandamentos" do incêndio durante a expulsão do condado de Jackson; não se tem a correta dimensão do que foi o acampamento de Sião (tampouco a importante formação do quórum dos doze apóstolos com resultado), a bênção de saúde aparenta ser um milagre de Joseph Smith (e não da fé em Jesus Cristo, conforme é a bênção) e outros elementos importante da história mórmon.

Por outro lado, dá uma dimensão interessante para o sofrimento pelo qual passaram os santos em seus primeiros dias de peregrinação pelos Estados Unidos. E o faz por meio do drama da família Steed envolto ao moralizante debate sobre orgulho e perdão. Enquanto no primeiro filme se dá ênfase ao drama entre os irmãos Joshua e Nathan, no segundo a ênfase se encontra entre a família Steed inteira e o patriarca Benjamin. E o filme consegue fazer de maneira bastante interessante e convincente. Exceto talvez em seu final, em que apenas se preocupa em dizer que haverá uma continuação em um terceiro filme, deixando o espectador no ar por causa disso.

Ainda há uma interessante, novamente para o público mórmon, apresentação de personagens importantes como Orson Pratt, Emma Smith, e Brigham Young (que mais tarde seria o segundo Presidente da Igreja e aquele que conclui a peregrinação ao chegar e fundar Salt Lake City). Ao longo do filme vamos sentindo as adversidades dos personagens e sendo transportados para a história da Igreja (que se confunde com a história dos Estados Unidos). Vamos entendendo um pouco mais sobre os motivos da perseguição aos mórmons (no primeiro filme é a cobiça por tesouros, no segundo são questões políticas como o fato dos mórmons serem abolicionistas). Por fim, acaba sendo um filme bastante interessante ainda que se perca entre a história dos Steeds e a história da Igreja, sacrificando a primeira sempre que precisa mostrar a segunda.

O fato de ser inteiramente destinado para um público mórmon, ele não é impeditivo para o públicos não-membros da Igreja. O filme é agradável ainda que falte um pouco de calor emocional do ponto de vista mais cinéfilo.

Ósculos e amplexos!

Um comentário:

  1. Gostei do que vi... religião a parte, mostrar num filme autênticamente o que é fé, amor, discórdia, egoísmo, perseverança nos faz parar pra pensar e reavaliar valores...

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