"As Brigadas do Tigre" (Les Brigades du Tigre) [França], 2006 Diretor: Jérôme Cornuau Roteiro: Claude Desailly, Xavier Dorison, Fabien Nury Foto: Cami Stéphane Música: Olivier Floriot Elenco: Clovis Cornillac (Valentin), Diane Kruger (Constância), Edouard Baer (Pujol), Olivier Gourmet (Terrasson), Stefano Accorsi (Bianchi), Jacques Gamblin (Bonnot), Thierry Fremont (Piotr), Léa Drucker (LEA), Aleksandr Medvedev (Prince Radetsky), Gérard Jugnot (Faivre), Didier Flamand (Prefeito Le), Philippe Duquesne (Cagne) Duração: 125 min.
Baseado em uma série de televisão de grande audiência na França entre 1974 e 1983, "As Brigadas do Tigre", 2006 encerram a série de superproduções francesas do começo do novo milênio (Belphégor, 2001, Vidocq, 2001 e Arsène Lupin,2004). Conta a história de uma brigada móvel criada em 1907 a fim de diminuir a grande onda de crimes que há na França em sua Belle Époque.
Infelizmente, a série não passou no Brasil e é praticamente impossível de achar alguma coisa por um preço acessível para que possamos compará-los por aqui. Uma espécie de "Os Intocáveis" francês, o filme tem consistência em sua trama. Em cada cena, descobre-se uma peça no quebra-cabeças. Além disso, há bastante e interessantes combates entre membros da brigada em meio a anarquistas e polícia parisiense (corrupta e sempre um passo à frente). Até mesmo um sério problema de ritmo que a produções possui é quebrada por muito bem pensados confrontos de tirar o fôlego. Tem um elenco de primeira linha, além da beleza e a grande atuação de Diane Kruger que é de se encher os olhos.
O filme tem problemas para começar e por vezes é um tanto tedioso. Cornillac faz um jovem comandante eternamente carrancudo que não convence, ainda que em combate tem sua atuação marcante. As cores não valorizam muito elementos da Belle Époque e há tropeços históricos irritantes (como a ideia de um policial sentar-se à mesma mesa que um príncipe russo). Porém, o filme é bom sem apelações e banhos de sangue. Não há a irritante morte fácil e a maioria dos combates são físicos - na base do soco. Tem um excesso de personagens que faz com que muita ponta fique solta, mas se deve dar a chance destes personagens serem explicados pela memória daqueles que assistiam a série nos anos 70 e 80.
Um atraente filme policial com o charme de uma Paris do começo do século XX.
Ósculos e amplexos!
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