terça-feira, 24 de maio de 2011

“PONYO”, 2008 (2010): fantasia à beira do mar






"Ponyo: uma amizade que veio do mar" (崖の上のポニョ) [Japão], 2008 - 101 min. Animação / Fantasia / Infantil Direção: Hayao Miyazaki Roteiro: Hayao Miyazaki Elenco: Noah Cyrus, Yuria Nara, Frankie Jonas, Hiroki Doi, Tina Fey, Tomoko Yamaguchi, Matt Damon, Kazushige Nagashima, Cate Blanchett, Yuki Amami, Liam Neeson, George Tokoro, Cloris Leachman, Betty White, Lily Tomlin, Kurt Knutsson, Jenessa Rose, Noah Lindsey Cyrus, Jôji Tokoro



O público brasileiro teve algumas dificuldades para apreciar a história de Ponyo. O filme demorou dois anos para chegar no Brasil (julho de 2010) e não foi bem divulgado. Para ajudar, o filme é inteiramente contado pelo ponto de vista de uma criança e não alivia em nada para a compreensão adulta. E ainda, por diversas vezes, a narrativa é sacrificada em nome do efeito emocional. Sem falar que a narrativa japonesa é por vezes incompreensível para o público mais ocidental.



Não é nenhum crime dizer que Ponyo é uma versão japonesa para "A Pequena Sereia", de Hans Christian Andersen e suas várias versões para o cinema. Afinal, Ponyo é uma peixe filha do mágico e empresário oceânico Fujimoto - de trajes listrados e cabelos soltos à "Yellow Submarine" dos Beatles – com a deusa do mar. Fujimoto possui um imenso despreso pela humanidade devido ao lixo que jogam no mar. Porém, Ponyo foge de seu pai em direção à terra firme – em uma divertida cena em que ela corre sobre grandes ondas. Em terra, Ponyo estabelece um fortíssimo vínculo com Sosuke, garoto de cinco anos e queridinho das idosas da casa de repouso onde sua mãe trabalha. Para que a terra não seja inundada em retaliação de Fujimoto, Sosuke tem que provar que ama Ponyo de verdade.



O cuidado em ser uma animação bem feita e sem imagens geradas por computador já faz do filme uma obra de arte. Ela é charmosa, contém uma poética visual incrível e cativante. Seu enredo é bastante simples, leve, e divertido. Não há mocinhos ou bandidos, mas circunstâncias em que podem gerar conflitos entre personagens. Ao mesmo tempo em que ela aborda sobre famílias, possui uma mensagem ecológica.



Ainda que tenha tido alguns solavancos para o público brasileiro, talvez o único problema do filme seja a grudenta musiquinha ao final da exibição – mas não chega a ser nenhum defeito. Até mesmo a sensação de labirintite ao longo de toda a exibição pode até ser uma vantagem do filme.



Ósculos e amplexos!

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