segunda-feira, 25 de abril de 2011

VIPS, 2010 : Um "Prenda-me se for Capaz, 2002" piorado.


"VIPs", 2010 [BRA] - 96 minutos Aventura / Drama Direção: Toniko Melo Roteiro: Bráulio Mantovani e Thiago Dottori Elenco: Wagner Moura, Arieta Corrêa, Gisele Fróes, Juliano Cazarré, Norival Rizzo, Roger Gorbeth, João Francisco Tottene, Jorge D'eli.


É inevitável a comparação de "VIPS, 2010" com "Prenda-me se for Capaz, 2002". Ambos tem como ponto de partida pedaços de uma história real, publicados em livro. Ambos compram o enredo, mas sabotam a verdade contada nas linhas. Ambos tem demonstrado como a mentira NÃO tem pernas curtas e vai longe. E ambos se tem o bandido no lugar do mocinho.

A versão brasileira não possui, porém, o mesmo glamour da versão de Spielberg. E as diferenças começam a se notar por aqui. Ao invés de um piloto da PANAM, um piloto de contrabandistas. Ao invés de golpes financeiros, apenas uma engenharia social bem elaborada. Ao invés de um gênio do crime, um personagem com gravíssimo problema de identidade.

Wagner Moura, carismático e de interpretação impecável, que diferentemente de Di Caprio, desenvolve cada personagem de maneira infinitamente distinta. Porém, o filme passa tempo demais entre contrabandistas e o auge, quando faz um dos maiores merchants da história do cinema brasileiro para a Gol, linhas aéreas, chega a ser cansativo de tão enrolado.

Saindo da comparação com o filme de Spielberg, VIPs é um flashback desnecessariamente prolongado. Perde-se a oportunidade de se fazer excelentes brincadeiras com os tolos e fúteis símbolos da High Society. Não se decide se aborda a psicopatia de Marcelo (Moura) ou se explora a essência da expressão "seja alguém na vida". E possui um final, na minha opinião, decepcionante e desfocado.

Destaque para Gisele Fróes, que empresta um charme imenso à mãe do personagem mesmo e à Arieta Corrêa, atriz que convence muito bem em seu papel.

Ósculos e amplexos!

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