"Ah o Amor" (Ex), 2009 (Itália) Diretor: Fausto Brizzi Elenco: Claudio Bisio, Nancy Brilli, Cristiana Capotondi, Cécile Cassel, Fabio de Luigi, Alessandro Gassman, Claudia Gerini, Flavio Insinna, Silvio Orlando, Martina Pinto, Carla Signoris, Gian Marco Tognazzi, Giorgia Würth, Malik Zidi. Produção: Fulvio Lusciano, Federica Lusciano Roteiro: Fausto Brizzi, Massimiliano Bruno, Marco Martani Fotografia: Marcello Montarsi Trilha Sonora: Bruno Zambrini Duração: 120 min. Gênero: Comédia Romântica Distribuidora: Art Films/ Serendip Filmes Estúdio: Italian International Film / Italian International Film / Mes Films / Paradis Films / Rai Cinema Classificação: 14 anos
Por mais que seja impossível de ser preciso, todo mundo sabe quando pega gripe e a solução perfeita para um relacionamento. Quando o assunto é fim de relacionamento então, sobram teorias e teóricos do coração partido. E, como em um teatro, "ah o amor" vai desmontando cada uma dessas teorias.
Temos nada menos do que seis casais que, de uma maneira ou outra, encerram seu relacionamento. Abre-se com a história do psicólogo Sergio (Claudio Bisio) que defende a tese de que o amor não dura mais do que mil dias - obviamente um divorciado e que terá que se virar com suas filhas adolescentes depois da morte acidental de sua ex-esposa. Depois, a de um casal -Filippo (Vincenzo Salemme) e Caterina (Nancy Brilli) - que briga na justiça não pelo divórcio, mas pela inversa guarda de seus filhos - ninguém quer ter essa responsabilidade após a separação. Outro é sobre o processo de separação do próprio juiz do caso anterior - Luca (Silvio Orlando) e Loredana (Carla Signoris). Outro casal surge de uma situação complexa, Elisa (Claudia Gerini) reencontra o que seria o homem de sua vida sob a batina daquele que irá celebrar o casamento dela com Corrado (Gianmarco Tognazzi), ou seja, o padre (Angelo Infanti) tinha sido o seu grande namorado nota 10. Outro casal é composto, na verdade, por um triângulo terrível onde um ex-namorado e policial barra pesada atormenta a vida do atual namorado daquela que ele considera o amor de sua vida. E, por fim, o único casal que não está na Itália, tem que se deparar com a distância entre Paris e Nova Zelândia por conta de uma promoção no emprego dela. Tudo isso entre o natal e o dia dos namorados (que na Itália é em 14 de fevereiro).
É uma comédia que, apesar do acréscimo sufixo de romântica, não deixa de ser italiana. Também não tem a pretenção de ser felliniana (praticamente única referência que temos sobre comédia italiana aqui do outro lado do Atlântico). E, apesar da água com açúcar tradicional do gênero ter sido mantido, é uma delícia de ver os encontros e desencontros. E na medida em que vão se desenrolando as histórias, vamos nos vendo torcendo para que todas as teorias sobre relacionamento apresentadas no começo do filme sejam, uma a uma, desfeitas. Quando vemos, até mesmo nossas próprias teorias sobre o fim de relacionamento vão para as cucuias.
O filme apresenta uma nova geração de atores italianos (sinceramente, não reconheci nenhum, exceto o maravilhoso Silvio Orlando). Inclusive, até o próprio filme brinca com isso ao ter um dos casais morrendo de tédio ao longo de uma apresentação de uma famosa cantora italiana "das antigas". Interpretações bem italianas, mas que não se rendem à fácil e incômoda "italianisse caricata" e preconceituosa. São todos, a sua maneira, finais de relacionamento bem contadas na telona e que poderia ser reproduzida na vida de qualquer casal ao redor do planeta. Aliás, são histórias que, de tão bem elaboradas, poderiam cada uma delas gerar um filme todo próprio.
A minha única reclamação é a de que o desenrolar da trama demora muito para chegar ao seu fim. As duas horas de exibição cansam um pouco. E tão somente no dia seguinte é que o cansaço passa e a gente se dá conta da mensagem que o filme quer passar. Mas, sem dúvida, um excelente entretenimento.
Ósculos e amplexos!
Temos nada menos do que seis casais que, de uma maneira ou outra, encerram seu relacionamento. Abre-se com a história do psicólogo Sergio (Claudio Bisio) que defende a tese de que o amor não dura mais do que mil dias - obviamente um divorciado e que terá que se virar com suas filhas adolescentes depois da morte acidental de sua ex-esposa. Depois, a de um casal -Filippo (Vincenzo Salemme) e Caterina (Nancy Brilli) - que briga na justiça não pelo divórcio, mas pela inversa guarda de seus filhos - ninguém quer ter essa responsabilidade após a separação. Outro é sobre o processo de separação do próprio juiz do caso anterior - Luca (Silvio Orlando) e Loredana (Carla Signoris). Outro casal surge de uma situação complexa, Elisa (Claudia Gerini) reencontra o que seria o homem de sua vida sob a batina daquele que irá celebrar o casamento dela com Corrado (Gianmarco Tognazzi), ou seja, o padre (Angelo Infanti) tinha sido o seu grande namorado nota 10. Outro casal é composto, na verdade, por um triângulo terrível onde um ex-namorado e policial barra pesada atormenta a vida do atual namorado daquela que ele considera o amor de sua vida. E, por fim, o único casal que não está na Itália, tem que se deparar com a distância entre Paris e Nova Zelândia por conta de uma promoção no emprego dela. Tudo isso entre o natal e o dia dos namorados (que na Itália é em 14 de fevereiro).
É uma comédia que, apesar do acréscimo sufixo de romântica, não deixa de ser italiana. Também não tem a pretenção de ser felliniana (praticamente única referência que temos sobre comédia italiana aqui do outro lado do Atlântico). E, apesar da água com açúcar tradicional do gênero ter sido mantido, é uma delícia de ver os encontros e desencontros. E na medida em que vão se desenrolando as histórias, vamos nos vendo torcendo para que todas as teorias sobre relacionamento apresentadas no começo do filme sejam, uma a uma, desfeitas. Quando vemos, até mesmo nossas próprias teorias sobre o fim de relacionamento vão para as cucuias.
O filme apresenta uma nova geração de atores italianos (sinceramente, não reconheci nenhum, exceto o maravilhoso Silvio Orlando). Inclusive, até o próprio filme brinca com isso ao ter um dos casais morrendo de tédio ao longo de uma apresentação de uma famosa cantora italiana "das antigas". Interpretações bem italianas, mas que não se rendem à fácil e incômoda "italianisse caricata" e preconceituosa. São todos, a sua maneira, finais de relacionamento bem contadas na telona e que poderia ser reproduzida na vida de qualquer casal ao redor do planeta. Aliás, são histórias que, de tão bem elaboradas, poderiam cada uma delas gerar um filme todo próprio.
A minha única reclamação é a de que o desenrolar da trama demora muito para chegar ao seu fim. As duas horas de exibição cansam um pouco. E tão somente no dia seguinte é que o cansaço passa e a gente se dá conta da mensagem que o filme quer passar. Mas, sem dúvida, um excelente entretenimento.
Ósculos e amplexos!
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