segunda-feira, 25 de abril de 2011

Uma Manhã Gloriosa, 2010: nada mais que um passatempo matinal.

"Uma Manhã Gloriosa", 2010 (Morning Glory) [EUA] Direção: Roger Michell. [Comédia] Elenco: Rachel McAdams, Harrison Ford, Patrick Wilson, 50 Cent, Diane Keaton, Jeff Goldblum, Arden Myrin.


O filme demora um pouco para engrenar. Muita verborragia de uma personagem inicialmente patética, "workaholic", e muitas cenas em que pouco ou em nada contribui para com o filme. E, tediosamente, uma piada ou outra, com também pouca ou nenhuma sofisticação, vai enrolando o filme até que finalmente, lá pela metade da película, a história começa de fato.

Não é uma obra fantástica e o risco de frustrar maiores espectativas é grande. Nem sequer de comédia romântica dá para chamar, pois há pouquíssimo romance ou qualquer elemento mais significativo do gênero. É apenas um filme para se assistir descompromissadamente. Para dar um "relax" após um estafante dia de trabalho.

Becky Fuller (Rachel McAdam) não convence nem como pateta, nem como uma competente produtora de TV. Aliás, importante lembrar que, apesar de lembrar nossos programas matinais, tanto o conceito de programa matinal quanto o de produtora de TV nos Estados Unidos é consideravelmente diferente. E, tanto para a realidade estadunidense quanto para a brasileira, Becky Fuller é fraquinha, fraquinha.

Agora, o filme reserva surpresas agradáveis. A dupla Diane Keaton e Harisson Ford não apenas salvam o jornal matinal, dão um pouco de cinema ao filme. Ford está um contraponto exato com o momento apelativo de puro desespero do enredo. Ele consegue ter um mau humor cômico. E Keaton, apesar das situações patéticas que sua personagem lhe colocou, está elegantíssima. O engraçadão "homem do tempo" possui uma vingancinha sobre ele do qual provoca a maior parte dos risos.

Agora, destaque negativo para Patrick Wilson. Ele apenas contribui para o enredo para dizer que o personagem de Ford é a terceira pessoa mais odiosa do mundo. Nem mesmo o romance com Fuller consegue empolgar.

Se não esperar profundidade, nem mesmo uma grande história, é um bom passatempo. Nada mais do que isso.

Ósculos e amplexos!

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