segunda-feira, 4 de julho de 2011

"Carros 2", 2011: sem o charme e a nostalgia do primeiro.

"Carros 2"[Cars 2] (EUA) , 2011 - 113 min. Animação / Infantil Direção: Brad Lewis Roteiro: Ben Queen Elenco: Owen Wilson, Larry the Cable Guy, Michael Caine, Emily Mortimer, Jason Issacs, Thomas Kretschmann

A beleza do primeiro filme "Carros", 2001 não foi muito bem compreendido pela crítica brasileira por considera-lo "americano" demais. E, sinceramente, foi justamente o que mais gostei no primeiro filme, pois mostra uma faceta dos Estados Unidos do qual não conhecemos (a Rota 66, que cortaa os Estados Unidos de costa-à-costa, mas que foi muito bem explicado). Mas, concordo com a crítica quando se diz que foi o mais fraco de uma safra de bons filmes da Pixar.

A continuação perde o ar nostálgico da Rota 66 imortalizada por Janis Joplin (e também pelo já, ainda bem, extinta propaganda de cigarros). Desta vez, a história busca ser um pouco mais mundializada. É justamente neste momento em que Carros 2 perde completamente seu charme e se torna um filme chato para adultos e sem muita graça para crianças.

Relâmpago McQueen é o mesmo carro de corrida do primeiro filme e que após quatro temporadas campeão, volta para Radiator Springs - local onde aprendeu a beleza da humildade e a alegria de se ter uma família e namorada. Em férias, não quer saber de corrida até que seu grande e "caipira" melhor amigo Mate resolve defender sua honra. Uma corrida mundial (mas em apenas três países) para promover um combustível ecológico fez com que o arrogante carro de corrida Francesco provocasse Relâmpago, mas vigorosamente defendido por Mate. E assim, toda a família de Radiator embarca para ser a equipe de McQueen no Grand Prix idealizado por Miles Eixonarroda - o milionário que descobriu o combustível. Paralelamente, uma conspiração internacional ameaça o combustível verde e terá o detetive James Bond, ou melhor, Finn McMissíl na cola deles para desvendar o mistério que ronda sobre as explosões dos carros de corrida.

Em comparação, já que se trata de uma continuação, o filme tem desta vez como protagonista o desajeitado Mate. Ele é o grande responsável pelos momentos de qualidade do filme, bem como suas gags. Mas, a corrida, coisa principal do filme, ficou em um plano tão longínquo que fez com que se perdesse o charme do primeiro filme. Além disso, muitas pontas soltas acabam tornando o filme quando não sem maior conteúdo, previsível demais.

O filme não é ruim, apenas não tem o charme e a nostalgia do primeiro.

Ósculos e amplexos!


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