As críticas de cinema de Michael Genofre que você se acostumou a ver no CozinhadoNoSense agora estão aqui!
terça-feira, 12 de julho de 2011
"Cilada.com", 2011: infelizmente, é fraco.
"Cilada.Com" [Brasil], 2011 - 95 min. Comédia Direção: José Alvarenga Jr. Roteiro: Bruno Mazzeo, Rosana Ferrão Elenco: Bruno Mazzeo, Fernanda Paes Leme, Augusto Madeira, Carol Castro, Fabiula Nascimento, Fúlvio Stefanini, Sérgio Loroza, Thelmo Fernandes, Marcos Caruso, Luis Miranda, Débora Lamm, Alexandre Nero, Karla Karenina, Dani Calabresa, Milhem Cortaz, Rita Elmôr, Fernando Caruso
Nada mal, porém nada bem. O filme que se propunha a ser comédia de esquetes, escorrega feio ao buscar um jeitão "comédia-romântica ianque". E o resultado é uma ótima história em um filme fraco, infelizmente. Infelizmente, pois, o filme é composto por uma constelação interessantíssima de atores e atrizes de elevadíssimo talento. Mas, a falta de ritmo incomoda, e algumas gags são buscadas de maneira lamentáveis - que lembra, porém completamente fora do esquadro o "Se Beber Não Case".
Em meio ao casamento de uma prima, Fernanda (Leme) vê seu namorado, Bruno (Mazzeo) com outra. Ou melhor, todos veem a cena, pois eles estavam atrás do biombo utilizado para uma projeção e que caíra justamente quando a moça se apoiou para buscar, vamos dizer assim, uma posição melhor. Para se vingar, Fernanda posta na internet uma pífia performance sexual de menos de doze segundos entre Bruno e ela. O vídeo se transforma em um verdadeiro webhit, tornando a necessidade de Bruno "limpar a barra" uma verdadeira odisseia.
Aos poucos, vamos vendo um humor que não colabora em nada com a história. Além disso, demonstra algumas apelações que considerei desnecessárias (como por exemplo, e que está no trailer, a eterna atitude discriminatória de generalizar o pênis negro). Mas, a situação vai piorando. Preconceito de classe, preconceito contra transsexuais, preconceito para com tudo e todas. Enfim, somente a mulher ninfomaníaca e que gosta de tapas no rosto é a mulher da vida do fracassado Bruno.
Bruno como homem é péssimo, como profissional é fraco, como namorado é um sacana, e como ser humano é uma miséria. Tais elementos em momento algum do filme tem redenção. E por uma risada gratuita, realmente o filme é fraco demais e chega a insultar. O adúltero tem sua redenção facilmente estampada ao longo de todo o filme. E a mensagem de que ficar com alguém para não ficar sozinho enquanto sendo amor é de amargar todo o melado que se propunha na parte romântica do filme.
Algumas situações são hilárias. Porém, quase todas estão nos trailers.
Ósculos e amplexos!
segunda-feira, 4 de julho de 2011
"Os Pinguins do Papai", 2011: que vontade de gritar me deu!
"Os Pinguins do Papai"(Mr. Popper's Penguins) [EUA] , 2011 - 94 min. Comédia Direção: Mark Waters Roteiro: Jared Stern, John Morris, Sean Anders Elenco: Jim Carrey, Carla Gugino, Angela Lansbury, Ophelia Lovibond, Madeline Carroll, Clark Gregg, Philip Baker Hall, Dominic Chianese
"Ai que filme ruim!" Foi a minha vontade de gritar dentro do cinema. É sério, virava-me e me revirava na poltona do cinema aguardando o fim da imensa tortura que é o filme. Nem mesmo a sempre bela visão de Carla Gugino (sim, sou apaixonado por todo aquele charme que ela tem) consegue fazer o filme menos insuportável. O retorno do envelhecido Jim Carrey às comédias que o lançou no cinema acaba sendo decadente, cansativo, e absurdamente sem graça.
Por causa de um pai ausente (vamos combinar que o estadunidense deve ter muito problema com isso), Poppers (Carrey) é um homem de negócios sem muitos valores. Por isso, é divorciado e um fracasso como pai. Por outro lado, é um gênio quando se trata de transaçõs imobiliárias. Mas, sua vida dá uma grande guinada. Seu pai falece, deixando de herança um pinguim. Justo quando o maior desafio de sua carreira foi decretada por seus chefes: a de comprar a impossível e única localização privada do Central Park de Nova Iorque.
Bom, segue o de sempre. O blá-blá-blá água com açúcar de sempre. Popper vai aprender a ser pai com os pinguins. A rede de relacionamentos dele vai sofrer uma alteração brusca na medida em que vai aprendendo a lição. E tome cocô de pinguim para provocar risos, pois as caretas de Carrey não são mais tão boas.
Não agrada, tem pouca graça, e mesmo na hora em que uma perseguiçãozinha muito da fraquinha acontece a coisa não empolga. Além disso, os sempre graciosos pinguins são apenas graciosos. Dão a impressão de que o filme está fora de prazo, talvez sendo melhor aproveitado na televisão em época de natal. Mas no cinema é uma grande chatice.
Em tempo: o filme tem uma brincadeira com a língua do Pê que realmente não se encaixou em nada - mais evidenciado na secretária de Popper. Se era para rir, acho que não deu certo, pois irrita.
Ósculos e amplexos!
Por causa de um pai ausente (vamos combinar que o estadunidense deve ter muito problema com isso), Poppers (Carrey) é um homem de negócios sem muitos valores. Por isso, é divorciado e um fracasso como pai. Por outro lado, é um gênio quando se trata de transaçõs imobiliárias. Mas, sua vida dá uma grande guinada. Seu pai falece, deixando de herança um pinguim. Justo quando o maior desafio de sua carreira foi decretada por seus chefes: a de comprar a impossível e única localização privada do Central Park de Nova Iorque.
Bom, segue o de sempre. O blá-blá-blá água com açúcar de sempre. Popper vai aprender a ser pai com os pinguins. A rede de relacionamentos dele vai sofrer uma alteração brusca na medida em que vai aprendendo a lição. E tome cocô de pinguim para provocar risos, pois as caretas de Carrey não são mais tão boas.
Não agrada, tem pouca graça, e mesmo na hora em que uma perseguiçãozinha muito da fraquinha acontece a coisa não empolga. Além disso, os sempre graciosos pinguins são apenas graciosos. Dão a impressão de que o filme está fora de prazo, talvez sendo melhor aproveitado na televisão em época de natal. Mas no cinema é uma grande chatice.
Em tempo: o filme tem uma brincadeira com a língua do Pê que realmente não se encaixou em nada - mais evidenciado na secretária de Popper. Se era para rir, acho que não deu certo, pois irrita.
Ósculos e amplexos!
"Transformers 3", 2011: para quem quer porrada!
"Transformers 4: O Lado Escuro da Lua" (Transformers: dark of the moon) [EUA] , 2011 - 157 min. Ação / Ficção científica Direção: Michael Bay Roteiro: Ehren Kruger Elenco: Shia LaBeouf, John Turturro, Josh Duhamel, Tyrese Gibson, Rosie Huntington-Whiteley, Patrick Dempsey, Kevin Dunn, John Malkovich, Frances McDormand, Ken Jeong, Leonard Nimoy, Peter Cullen
Ei! Cadê a maravilhosa da Megan Fox?! Ela atuava mal pra caramba, mas a nunca-vi-antes -na-vida Rosie-Huntington-Whiteley é uma falta de educação! [Todo mundo sabe que a exótica e linda Fox fez um infeliz comentário comparando o judeu diretor Michael Bay à Hitler e, por isso, foi cortada do filme].
Bom, atendo-se ao filme: oras bolas, quem vai ao cinema assistir Tranformers vai para ver muita, mas muita pancadaria entre os robôs. E neste quesito, o filme é de perder o fôlego. A relação entre os robôs e a Terra é mais antiga do que os outros dois filmes nos contaram. A guerra deles derribou na lua uma nave abatida onde a esperança dos Autobots estava dentro. (E que não vou contar para não estragar as pouquíssimas surpresas do filme). Mas, a descoberta desta nave pelos humanos aconteceu ainda na época da corrida militar entre EUA e URSS, e muito mais do que os próprios robôs sabiam estavam escondidos nos arquivos presidenciais.
Paralelamente, os humanos mais próximos dos robôs são todos uns, como a tradução gosta de chamar os out-siders, fracassados. Sam Witwicky (LaBeouf), heroi de guerra condecorado, formado em uma das mais importantes universidades dos EUA, é um grande desempregado bancado pela namorada (H-Whiteley). O mesmo acontece com outros mais chegados dos robôs, que nem sequer se aproximam da arrogância dos militares e seus interesses bélicos.
O filme acaba sendo um dos maiores disperdício de atores que já se viu, inclusive o sempre eficiente John Malkovich. Os personagens são irritantemente vazios, quando não alternam essa irritação por falas cheias de arrogância que faz com que o espectador sinta verdadeiras vontades de sair do cinema tamanho os insultos. Mas tudo isso faz parte do cenário caótico que virá. (Lembrando que Huntington-Whiteley é muito, mas muito ruim, apesar de belíssima!).
Indo direto ao assunto, o filme não decepciona no fim das contas. Afinal, quem quer saber de história de amor em um filme que promete pancadaria? E neste quesito, realmente o filme lembra parte da minha infância ao explicar por que meus brinquedos viviam aos pedaços. São mais de quarenta minutos de pancadaria convincente e sem tréguas - com direito à baixas em todos os lados, inclusive a pulverização de humanos!!! Chicago vai pras cucuias, com quedas e explosões convincentes. E os robôs... ah! os robôs! Estão maravilhosamente sanguinários (com direito à sangue jorrando dos robôs!).
O filme é para quem quer ver porrada, porrada, e destruição. Esqueça tudo o mais, pois não presta. Somente os encontrões e explosões fazem o filme interessante.
Ósculos e amplexos!
Bom, atendo-se ao filme: oras bolas, quem vai ao cinema assistir Tranformers vai para ver muita, mas muita pancadaria entre os robôs. E neste quesito, o filme é de perder o fôlego. A relação entre os robôs e a Terra é mais antiga do que os outros dois filmes nos contaram. A guerra deles derribou na lua uma nave abatida onde a esperança dos Autobots estava dentro. (E que não vou contar para não estragar as pouquíssimas surpresas do filme). Mas, a descoberta desta nave pelos humanos aconteceu ainda na época da corrida militar entre EUA e URSS, e muito mais do que os próprios robôs sabiam estavam escondidos nos arquivos presidenciais.
Paralelamente, os humanos mais próximos dos robôs são todos uns, como a tradução gosta de chamar os out-siders, fracassados. Sam Witwicky (LaBeouf), heroi de guerra condecorado, formado em uma das mais importantes universidades dos EUA, é um grande desempregado bancado pela namorada (H-Whiteley). O mesmo acontece com outros mais chegados dos robôs, que nem sequer se aproximam da arrogância dos militares e seus interesses bélicos.
O filme acaba sendo um dos maiores disperdício de atores que já se viu, inclusive o sempre eficiente John Malkovich. Os personagens são irritantemente vazios, quando não alternam essa irritação por falas cheias de arrogância que faz com que o espectador sinta verdadeiras vontades de sair do cinema tamanho os insultos. Mas tudo isso faz parte do cenário caótico que virá. (Lembrando que Huntington-Whiteley é muito, mas muito ruim, apesar de belíssima!).
Indo direto ao assunto, o filme não decepciona no fim das contas. Afinal, quem quer saber de história de amor em um filme que promete pancadaria? E neste quesito, realmente o filme lembra parte da minha infância ao explicar por que meus brinquedos viviam aos pedaços. São mais de quarenta minutos de pancadaria convincente e sem tréguas - com direito à baixas em todos os lados, inclusive a pulverização de humanos!!! Chicago vai pras cucuias, com quedas e explosões convincentes. E os robôs... ah! os robôs! Estão maravilhosamente sanguinários (com direito à sangue jorrando dos robôs!).
O filme é para quem quer ver porrada, porrada, e destruição. Esqueça tudo o mais, pois não presta. Somente os encontrões e explosões fazem o filme interessante.
Ósculos e amplexos!
"Carros 2", 2011: sem o charme e a nostalgia do primeiro.
"Carros 2"[Cars 2] (EUA) , 2011 - 113 min. Animação / Infantil Direção: Brad Lewis Roteiro: Ben Queen Elenco: Owen Wilson, Larry the Cable Guy, Michael Caine, Emily Mortimer, Jason Issacs, Thomas Kretschmann
A beleza do primeiro filme "Carros", 2001 não foi muito bem compreendido pela crítica brasileira por considera-lo "americano" demais. E, sinceramente, foi justamente o que mais gostei no primeiro filme, pois mostra uma faceta dos Estados Unidos do qual não conhecemos (a Rota 66, que cortaa os Estados Unidos de costa-à-costa, mas que foi muito bem explicado). Mas, concordo com a crítica quando se diz que foi o mais fraco de uma safra de bons filmes da Pixar.
A continuação perde o ar nostálgico da Rota 66 imortalizada por Janis Joplin (e também pelo já, ainda bem, extinta propaganda de cigarros). Desta vez, a história busca ser um pouco mais mundializada. É justamente neste momento em que Carros 2 perde completamente seu charme e se torna um filme chato para adultos e sem muita graça para crianças.
Relâmpago McQueen é o mesmo carro de corrida do primeiro filme e que após quatro temporadas campeão, volta para Radiator Springs - local onde aprendeu a beleza da humildade e a alegria de se ter uma família e namorada. Em férias, não quer saber de corrida até que seu grande e "caipira" melhor amigo Mate resolve defender sua honra. Uma corrida mundial (mas em apenas três países) para promover um combustível ecológico fez com que o arrogante carro de corrida Francesco provocasse Relâmpago, mas vigorosamente defendido por Mate. E assim, toda a família de Radiator embarca para ser a equipe de McQueen no Grand Prix idealizado por Miles Eixonarroda - o milionário que descobriu o combustível. Paralelamente, uma conspiração internacional ameaça o combustível verde e terá o detetive James Bond, ou melhor, Finn McMissíl na cola deles para desvendar o mistério que ronda sobre as explosões dos carros de corrida.
Em comparação, já que se trata de uma continuação, o filme tem desta vez como protagonista o desajeitado Mate. Ele é o grande responsável pelos momentos de qualidade do filme, bem como suas gags. Mas, a corrida, coisa principal do filme, ficou em um plano tão longínquo que fez com que se perdesse o charme do primeiro filme. Além disso, muitas pontas soltas acabam tornando o filme quando não sem maior conteúdo, previsível demais.
O filme não é ruim, apenas não tem o charme e a nostalgia do primeiro.
Ósculos e amplexos!
A continuação perde o ar nostálgico da Rota 66 imortalizada por Janis Joplin (e também pelo já, ainda bem, extinta propaganda de cigarros). Desta vez, a história busca ser um pouco mais mundializada. É justamente neste momento em que Carros 2 perde completamente seu charme e se torna um filme chato para adultos e sem muita graça para crianças.
Relâmpago McQueen é o mesmo carro de corrida do primeiro filme e que após quatro temporadas campeão, volta para Radiator Springs - local onde aprendeu a beleza da humildade e a alegria de se ter uma família e namorada. Em férias, não quer saber de corrida até que seu grande e "caipira" melhor amigo Mate resolve defender sua honra. Uma corrida mundial (mas em apenas três países) para promover um combustível ecológico fez com que o arrogante carro de corrida Francesco provocasse Relâmpago, mas vigorosamente defendido por Mate. E assim, toda a família de Radiator embarca para ser a equipe de McQueen no Grand Prix idealizado por Miles Eixonarroda - o milionário que descobriu o combustível. Paralelamente, uma conspiração internacional ameaça o combustível verde e terá o detetive James Bond, ou melhor, Finn McMissíl na cola deles para desvendar o mistério que ronda sobre as explosões dos carros de corrida.
Em comparação, já que se trata de uma continuação, o filme tem desta vez como protagonista o desajeitado Mate. Ele é o grande responsável pelos momentos de qualidade do filme, bem como suas gags. Mas, a corrida, coisa principal do filme, ficou em um plano tão longínquo que fez com que se perdesse o charme do primeiro filme. Além disso, muitas pontas soltas acabam tornando o filme quando não sem maior conteúdo, previsível demais.
O filme não é ruim, apenas não tem o charme e a nostalgia do primeiro.
Ósculos e amplexos!
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